- Há uma coisa bem comum em amor e amizade.
- Em minha opinião, não há mesmo.
- Claro que há.
- Então me diga.
- Na amizade, sempre nos sentimos bem do lado da pessoa, gostamos de conversar com ela, ela diz que nos ama, e cobra de você se não dizer o mesmo, sente sua falta se partir, nos consola, ouve-nos sem reclamar e ainda diz: “Você é um (a) retardado (a), para, desisti, ele (a) não te merece”, e não menti sobre nada.
- E no amor?
- No amor é tudo isso, só que ao contrario.
- Como assim?
- No amor, sempre nos sentimos bem do lado da pessoa, mas ela nunca esta perto na hora que precisamos. Gostamos de conversar com ela, mas ela não. Dizemos que a amamos, mas não recebemos o mesmo amor. Sentimos sua falta se partir, mesmo sabendo que ela não sente. Não nos consola, nos machuca. Nunca nos ouve e ainda não diz nada, o que tortura mais ainda. E menti sobre tudo.
- Não vi nada em comum.
- É que no meio de tudo isso sempre há alguém sofrendo.
- Você tem razão. Ainda bem que somos amigos.
- Até onde eu sei, um amigo luta pela felicidade do outro.
- Eu quero ver você feliz. Você não é?
- Ser feliz longe de quem eu mais amo? Não dá mesmo.
- Quem esta longe de você?
- Você.
- Nossa amizade é forte.
- Ta vendo, a semelhança? Por um lado, sinto e tenho tudo que uma amizade verdadeira tem. Por outro lado, sinto tudo que quem ama sente. Vai entender o coração, não é?
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